Feliz
de estar mais uma vez na cidade onde ashtanga yoga vibra!
A
primeira prática é sempre emocionante e o primeiro mantra é de arrepiar. Não
sei explicar, mas vem uma emoção involuntária, em que se mistura liberdade,
devoção, respeito, gratidão e amor.
Normalmente
o Sharat abre a temporada do shala com uma semana de aula guiada da primeira
série. Esse ano ele foi mais bonzinho e resolveu iniciar com dois dias apenas.
Ufa!!!! Aqui a prática é sempre mais puxada, mesmo que seja a primeira série na
primeira semana. As contagens do Sharat são mais lentas do que as da minha
mente quando estou praticando sozinha durante o resto do ano. Então é normal
ficar um pouco dolorida até o corpo se acostumar com o ritmo de Mysore. Depois
virão outras dores decorrentes de novos asanas, mas essa é a trajetória de
purificação e fortificação do corpo. A
mente também reclama das contagens, mas é só abrir o coração e se render ao
ritmo do Sharat que a mente acalma e a respiração nutre o corpo como um bálsamo.
Uma sensação maravilhosa de entrega, chega e a mente é purificada e os
pensamentos se anulam. Essa é a grande benção de estar aqui e é o momento em
que sinto ainda mais o yoga presente em mim.
Rever
os meus amigos ashtanguis também é uma grande alegria. Embora hoje com o skipe consiga me manter conectada
com alguns, mas não tem nada melhor do que estar perto deles para conversar,
devanear e saber das novidades.
Aqui
é onde praticantes do mundo todo se encontram, unidos através da prática de
yoga. As fronteiras se quebram, as culturas se mesclam, e união passa ser a
nossa rotina. Os assuntos são os mesmos e as discussões enriquecedoras. Em
sânscrito chamamos isso de sangha. A união de pessoas que se unem através de
uma prática espiritual com um objetivo em comum.
No
budismo antes de iniciar qualquer prática tomamos refúgio no budha, no dharma e
na sangha. Esses são os três pilares que mantêm a prática viva. O mestre ou
professor, o dharma os ensinamentos, e a sangha, o grupo de praticantes. Assim,
a prática se torna sólida e consistente quando nos conectamos com esses três
pilares.
Durante
o ano praticando em casa, a conexão com o professor está sempre presente na
recitação do mantra inicial e nos insights que vem durante a prática, o dharma
é expresso no método, e a sangha continua viva
quando vejo os meus alunos solidificando o seu compromisso com a prática
através da energia que eles geram.
Então
agora é o momento de tomar refúgio direto na fonte, longe da correria da vida
comum e mergulhar novamente nesse mundo de Mysore que tanto têm para ensinar. Esse ano a sangha está ainda mais especial repleto de amigas brasileiras!
Vou
postando aos poucos as novidades, saudades de todos e dos meus alunos que tanto
me inspiram para estar aqui.
Beijos
e até breve!!!!
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