segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Feliz de estar em Mysore!


Feliz de estar mais uma vez na cidade onde ashtanga yoga vibra!

A primeira prática é sempre emocionante e o primeiro mantra é de arrepiar. Não sei explicar, mas vem uma emoção involuntária, em que se mistura liberdade, devoção, respeito, gratidão e amor.

Normalmente o Sharat abre a temporada do shala com uma semana de aula guiada da primeira série. Esse ano ele foi mais bonzinho e resolveu iniciar com dois dias apenas. Ufa!!!! Aqui a prática é sempre mais puxada, mesmo que seja a primeira série na primeira semana. As contagens do Sharat são mais lentas do que as da minha mente quando estou praticando sozinha durante o resto do ano. Então é normal ficar um pouco dolorida até o corpo se acostumar com o ritmo de Mysore. Depois virão outras dores decorrentes de novos asanas, mas essa é a trajetória de purificação e fortificação do corpo.  A mente também reclama das contagens, mas é só abrir o coração e se render ao ritmo do Sharat que a mente acalma e a respiração nutre o corpo como um bálsamo. Uma sensação maravilhosa de entrega, chega e a mente é purificada e os pensamentos se anulam. Essa é a grande benção de estar aqui e é o momento em que sinto ainda mais o yoga presente em mim.

Rever os meus amigos ashtanguis também é uma grande alegria.  Embora hoje com o skipe consiga me manter conectada com alguns, mas não tem nada melhor do que estar perto deles para conversar, devanear e saber das novidades.

Aqui é onde praticantes do mundo todo se encontram, unidos através da prática de yoga. As fronteiras se quebram, as culturas se mesclam, e união passa ser a nossa rotina. Os assuntos são os mesmos e as discussões enriquecedoras. Em sânscrito chamamos isso de sangha. A união de pessoas que se unem através de uma prática espiritual com um objetivo em comum.

No budismo antes de iniciar qualquer prática tomamos refúgio no budha, no dharma e na sangha. Esses são os três pilares que mantêm a prática viva. O mestre ou professor, o dharma os ensinamentos, e a sangha, o grupo de praticantes. Assim, a prática se torna sólida e consistente quando nos conectamos com esses três pilares.

Durante o ano praticando em casa, a conexão com o professor está sempre presente na recitação do mantra inicial e nos insights que vem durante a prática, o dharma é expresso no método, e a sangha continua viva  quando vejo os meus alunos solidificando o seu compromisso com a prática através da energia que eles geram.

Então agora é o momento de tomar refúgio direto na fonte, longe da correria da vida comum e mergulhar novamente nesse mundo de Mysore que tanto têm para ensinar. Esse ano a sangha está ainda mais especial repleto de amigas brasileiras!

Vou postando aos poucos as novidades, saudades de todos e dos meus alunos que tanto me inspiram para estar aqui.

Beijos e até breve!!!!

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